CLASSE HOSPITALAR GARANTE APRENDIZADO E ACOLHIMENTO A CRIANÇAS INTERNADAS NO HOSPITAL INFANTIL ISMÉLIA DA SILVEIRA
No Hospital Infantil Ismélia da Silveira (HIIS), em Duque de Caxias, a educação e o cuidado caminham lado a lado. A unidade conta com a Classe Hospitalar, um espaço pedagógico realizado na Brinquedoteca do hospital, que possibilita às crianças internadas, quando liberadas pelos médicos, participar de atividades lúdicas e educativas durante o período de tratamento. A iniciativa é uma parceria entre as secretarias de Saúde e de Educação.
A professora Viviane Souza de Oliveira, que atua no projeto há 16 anos, busca oferecer muito mais que aulas, mas um espaço de acolhimento, escuta e estímulo ao direito de ser criança, mesmo em meio à rotina hospitalar. “O atendimento da criança aqui na Classe Hospitalar não é só sobre estudar, mas entender que a criança teve uma ruptura com o mundo lá fora, nesse período de internação. Então, é trazer acolhimento para essa criança, trabalhar o emocional, unindo o lúdico com o aprendizado, garantindo o direito de ser criança”, explica a professora Viviane.

Entre jogos, desenhos, leituras e conversas, as atividades contribuem para reduzir a ansiedade e o estresse das crianças internadas, aproximando-as da vida escolar e fortalecendo sua autoestima. Para Priscila Marques de Oliveira, 42 anos, mãe do paciente Calebe Hugo, de 11 anos, a Classe Hospitalar tem sido essencial na recuperação emocional do filho. “A Classe Hospital é uma distração pro meu filho, ajuda ele a ficar mais calmo. Às vezes ele fica triste por estar internado, longe dos irmãos, sente falta dos amigos, da escola, das tarefas do dia a dia. Então, quando ele vem pra cá ele brinca, desenha, se distrai, se anima mais um pouco e isso faz toda diferença”, conta Priscila.
A Classe Hospitalar do HIIS mostra que, mesmo em meio a desafios de saúde, a educação e o lúdico são aliados poderosos para que crianças e adolescentes mantenham viva a alegria, o aprendizado e a esperança. Para pequeno Calebe, o espaço ajuda no seu bem-estar durante o tratamento. “Eu já estou aqui há 16 dias. Eu fico triste de estar no hospital, mas quando eu venho pra cá fico mais calmo, a professora me aconselha, a gente conversa. Eu me sinto melhor aqui porque eu brinco, vejo desenho, consigo sair do hospital estando aqui dentro”, compartilha o menino.

