XVI FÓRUM DE SAÚDE MENTAL DISCUTE ESTRATÉGIAS DE CUIDADO E GARANTIA DE DIREITOS EM DUQUE DE CAXIAS

A Secretaria Municipal de Saúde de Duque de Caxias, através do Departamento de Atenção à Saúde Mental, realizou nesta quarta-feira (28), o XVI Fórum de Saúde Mental, com o tema “Saúde Mental e garantia de direitos: estratégias de cuidados para os usuários da RAPS”. O evento reuniu profissionais da saúde, gestores, usuários, familiares e representantes da sociedade civil no auditório do Hospital Municipal Moacyr Rodrigues do Carmo (HMMRC).
O objetivo do encontro foi promover o debate sobre a efetivação dos direitos das pessoas em sofrimento psíquico e discutir estratégias de cuidado no âmbito da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). A programação contou com palestras e rodas de conversa, abordando temas como intersetorialidade, inclusão social, cuidado em liberdade e fortalecimento das redes de apoio.
Durante a abertura, a diretora do Departamento de Atenção à Saúde Mental do município, Dra. Cíntia Tiemi Tanaka, destacou o compromisso da gestão com o fortalecimento da política de saúde mental, reforçando a importância dos serviços substitutivos, como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), as Residências Terapêuticas (RT) e os serviços da Atenção Básica, que são fundamentais para a promoção do cuidado em liberdade e na comunidade.
“O Fórum é um espaço fundamental para refletirmos sobre nossas práticas, buscarmos soluções conjuntas e reafirmarmos nosso compromisso com uma saúde mental que priorize o cuidado humanizado e a garantia de direitos”, afirmou a médica.
O evento também ressaltou a importância da defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) e da manutenção de uma política pública de saúde mental alinhada aos princípios da reforma psiquiátrica e da luta antimanicomial, priorizando a inclusão, o acolhimento e a autonomia dos usuários.
Para Daniel Barbosa Cunha, paciente do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS Leslie), no bairro 25 de Agosto, desde 2003, a unidade representa o acolhimento. “Eu cheguei no CAPS muito perdido, eu não sabia direito quem eu era, não me reconhecia mais. No CAPS eu fui recebido e acolhido, eu me reencontrei. Eu participo das oficinas, das dinâmicas, sigo meu tratamento. O CAPS pra mim é acolhimento, minha segunda família”, declarou Daniel.
A mesa do Fórum foi composta pela diretora do Departamento de Saúde Mental, Dra. Cintia Tiemi Tanaka, a coordenadora estadual de Atenção Psicossocial da Secretaria de Estado de Saúde-RJ, Nelly de Azeredo, o psicólogo Marco Aurélio de Rezende e o usuário do CAPS Leslie Daniel Barbosa Cunha.